O carma é um tópico do budismo muitas vezes entendido de forma incorreta. Essa explicação clara de um professor tão eminente como o recentemente falecido Traleg Kyabgon Rinpoche, que possuía um grande conhecimento tanto do darma como da cultura ocidental, trará um profundo benefício para todos nós.

Dzigar Kongtrül Rinpoche, autor de Felicidade incomum



Os ensinamentos do Buda sobre o carma (karma, literalmente, “ação”) refletem a explicação compassiva de como as coisas são: nossos pensamentos e ações determinam nosso futuro e, portanto, nós mesmos somos, em grande parte, responsáveis pela forma como nossas vidas evoluem. No entanto, esse ensinamento extremamente útil é muitas vezes ignorado devido às interpretações equivocadas que proliferam na cultura popular, especialmente simplificações exageradas que fazem o carma parecer um assunto de pouca credibilidade.

O estudo do carma não é simples, como Traleg Kyabgon descreve, e deve
ser levado a sério. O autor analisa em detalhes as ilusões sobre o carma, às quais nos apegamos persistentemente, para explicar o que ele realmente é – o processo de por que sofremos e como podemos acabar com esse sofrimento. Ele explica porque a compreensão realista do carma é indispensável para a prática budista, pois fornece a base para uma vida correta, e como o seu entendimento tem um efeito transformador no modo como nos relacionamos com nossos pensamentos, sentimentos e com aqueles próximos de nós.